Os demônios das religiões passadas tem sempre tido, pelo menos em parte, características animais, evidência da necessidade constante do homem de negar que ele também é um animal, pois deste modo daria um golpe poderoso ao seu ego empobrecido.
O porco foi desprezado pelos judeus e egípcios. Simbolizou os deuses "Frey", "Osiris", "Adonis", "Persephone", "Attis" e "Demeter", e foi sacrificado a Osiris e à Lua. Mas, com o tempo, tornou-se degradado num demônio. Os fenícios adoraram um deus alado, Baal, de que veio o demônio Belzebu. Ambos Baal e Belzebu são idênticos ao "dung beetle" ou escaravelho dos egípcios que apareciam para ressuscitar a si mesmo, como o pássaro místico, o fênix, renascido das próprias cinzas. Os antigos judeus acreditavam, a través do seu contato com os persas, que as duas grandes forças do mundo eram Ahura-Mazda, o deus do fogo, luz, vida e benevolência; e Ahriman, a serpente, o deus das trevas, destruição, morte, e mal. Estes e inúmeros outros exemplos não somente representam os demônios humanos como animais, mas também mostram sua necessidade de sacrificar os animais divinos originais e rebaixá-los a demônios.
No tempo da Reforma, no século XVI, um alquimista, Dr. Johann Faustus, descobriu um método de invocar um demônio -Mefistófeles - do Inferno e fazer um pacto com ele. Assinou um contrato em sangue para vender sua alma a Mefistófeles em retorno ao estado de mocidade, e voltou a ser jovem. Quando o momento de morrer veio para Faustus, ele retirou-se para o quarto e tentou evitar, mas o laboratório explodiu. Esta história é um protesto dos tempos (século XVI) contra ciência, química e magia.
Para se tornar um satanista, não é necessário vender sua alma ao Demônio ou fazer um pacto com Satã. Esta ameaça foi inventada pelo cristianismo para aterrorizar as pessoas, assim elas não se perderiam do caminho. Com dedos repressivos e vozes tremidas, ensinaram a seus seguidores que se cedessem às tentações de Satã e vivessem suas vidas de acordo com as suas predileções naturais, eles teriam de pagar por seus pecados prazerosos dando suas almas a Satã e sofrendo no Inferno por toda a eternidade. Pessoas começaram a acreditar que a alma pura era o passaporte para a vida eterna.
Profetas piedosos ensinaram o homem a temer Satã. Mas e os termos como "temente a Deus"? Se Deus é tão misericordioso, porque as pessoas têm de temê-lo? Vamos acreditar que não há lugar algum que possamos escapar do medo? Se você tem que temer Deus, por que não ser um "temente a Satã" e pelo menos ter a diversão que sendo temente a Deus é negada a você? Sem cada um destes medos indiscriminados os religiosos não teriam nada com que manejar poderosamente seus seguidores.
A deusa teutônica da morte e filha de Loki foi chamada Hel, uma deusa pagã da tortura e da punição. Outro "L" foi acrescentado quando os livros do Velho Testamento foram formulados. Os profetas que escreveram a Bíblia não conheciam o vocábulo "Hell"; eles usaram o hebreu "Sheol" e o grego "Hades" que significavam o túmulo; também o grego "Tartaros", que foi o lar dos anjos caídos, o inferno (dentro da terra), e "Gehenna", que era um vale próximo a Jerusalem onde o reinado e o refúgio de Moloch foi conquistado e queimado. É assim que a igreja cristã desenvolveu a idéia de "fogo e enxofre" no Inferno.
O inferno católico e protestante são lugares de eterna punição; entretanto, os católicos também acreditam que há um "purgatório" onde todas as almas vão por um tempo, e um "limbo" onde as almas sem batismo vão. O inferno budista está dividido em oito seções, os primeiros sete podem ser expiados. A descrição eclesiástica do inferno é um lugar horrível de fogo e tormento; no inferno de Dante e nos climas nórdicos foi conceituado como uma região muito gelada, um refrigerador gigante.
(Mesmo com todas as ameaças de danação eterna e alma queimando, os missionários cristãos têm se encontrado acidentalmente com alguns que não engoliram tão rapidamente a sua saliva. Prazer e dor, como beleza, estão nos olhos do observador. Então, quando missionários se aventuraram ao Alaska e preveniram os esquimós dos horrores do Inferno e o lago repleto de chamas esperando o transgressor, eles ansiosamente perguntaram: "Como nós chegamos lá?")
A maior parte dos satanistas não aceita Satã como um ser antropomórfico com cascos fendidos, uma cauda barbada, e chifres. Ele simplesmente representa a força da natureza - os poderes das trevas que tem sido chamados assim porque nenhuma religião tem encontrado essas forças fora da escuridão. Também a ciência não tem sido capaz de aplicar um terminologia técnica para esta força. É um reservatório destampado que poucos podem usar porque lhes faltam a habilidade de usar uma ferramenta sem primeiramente ter subdividido e classificado todas as partes que a fazem funcionar. É a necessidade incessante de analisar o que impede muitas pessoas de tirarem vantagem destas multifacetadas chaves para o desconhecido - que os satanistas escolheram chamar "Satã".
Satã, como um deus, demiúrgo, salvador pessoal, ou o que quer que você o chame, foi inventado pelos fundadores de cada religião na face da terra para um único propósito - para presidir do começo ao fim todas as denominadas atividades e situações pecaminosas aqui na terra. Conseqüentemente, qualquer coisa resultando em gratificação física e mental foi definida como "evil" - deste modo assegurando uma existência de culpa injustificada para todos!
Então, se "evil" eles têm nos denominado, "evil" nós somos - e assim seja! A Era Satânica está sobre nós! Por que não tirar vantagem disto e LIVE!